Tratamento da Cistite Aguda
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Tratamento da Cistite Aguda
Tratamento da Cistite Aguda
A terapêutica específica inicial das cistites comunitárias não complicadas deve ser dirigida para o combate à Escherichia coli, realizando-se modificações no esquema terapêutico quando necessário e, preferentemente, de acordo com o resultado da urocultura, quando o resultado deste exame é exigido.
Uma questão ainda aberta à discussão refere-se ao tempo de uso de antimicrobianos para o tratamento da cistite não complicada em paciente imunocompetente. Diversas publicações com o emprego de drogas antimicrobianas ativas em vias urinárias, mormente as sulfonamidas, a trimetoprima, as fluorquinolonas, a fosfomicina, antibióticos beta-lactâmicos, demonstram que o tratamento de curta duração é tão eficaz quanto o de maior duração na mulher imunocompetente.
A questão ainda não definitivamente esclarecida é quão curta duração é a ideal, em termos de eficácia das drogas, adesão pelo paciente, menor risco de efeitos adversos, dose e custo. O tratamento rápido, em dose única, com diferentes antimicrobianos, vem se mostrando seguro e eficaz em mulheres jovens com episódio ocasional de infecção urinária baixa não complicada. Por outro lado, este regime de tratamento não está indicado em homens, crianças, mulheres idosas e em pacientes com diabetes, por mostrar menor eficácia.
Tratamento empírico
Feito o diagnóstico clínico, a terapia da cistite não complicada pode ser instituída sem a exigência da realização de cultura de urina e de teste de sensibilidade a antimicrobianos; apenas o encontro de leucocitúria e, frequentemente, de hematúria, no exame dos elementos anormais e sedimento da urina (urina tipo I), sustenta a conduta terapêutica (empírica) a ser indicada. A paciente a ser tratada deve estar com uma infecção primária, ocasional, deve ser jovem, e não deve portar fatores agravantes da cistite.
Diversos esquemas terapêuticos podem ser prescritos, todos utilizando a via oral e com eficácia superior a 90%; a seleção de um dos medicamentos a seguir referidos deve ser feita baseada em critérios individuais, tais como tolerância gastrointestinal, presença de hiper-sensibilidade, poder aquisitivo e disponibilidade para múltiplas administrações que, em outros termos, significam adesão ao tratamento.
São eles:
• Esquemas terapêuticos da infecção urinária baixa não complicada na mulher com duração de três dias:
Sulfametoxazol/Trimetoprim: dois comprimidos (400/80 mg) de 12 em 12 horas, durante três dias;
Norfloxacino: um comprimido (400mg) de 12 em 12 horas, durante três dias;
Ciprofloxacino: um comprimido (500mg) de 12 em 12 horas, durante três dias.
Levofloxacino: um comprimido (500mg) em dose única diária, durante três dias10;
Ofloxacino: um comprimido (200 a 400 mg) de 12 em 12 horas, durante três dias;
• Esquemas terapêuticos da infecção urinária baixa não complicada na mulher em dose única:
Ciprofloxacino: um comprimido com 500 mg, em uma única tomada;
Gatifloxacino: um comprimido com 500mg, em uma única tomada;
Ofloxacino: um comprimido com 400mg, em uma única tomada;
Registre-se que os antimicrobianos referidos como de elevada eficácia em esquema terapêutico com duração de três dias também se mostram curativos em regime de dose única, porém, a eficácia é menor, com porcentual entre 80% e 90%, e as recorrências mais freqüentes. Todavia, é importante ressaltar que este regime não deve ser utilizado em pacientes idosos, diabéticos, imunossuprimidos e em pacientes com infecções complicadas, devido ao maior risco de complicações caso a infecção não seja debelada. Por outro lado, é sugerido na literatura que os resultados obtidos com o emprego de dose única na terapia da infecção urinária não complicada são inferiores aos obtidos com esquemas de três dias.
* As doses acima apresentadas referem-se a adultos.
Referência:
Lopes HV, Tavares W. Infecções do Trato Urinário não Complicadas: Tratamento. Projeto Diretrizes, 24 de junho de 2004.
A terapêutica específica inicial das cistites comunitárias não complicadas deve ser dirigida para o combate à Escherichia coli, realizando-se modificações no esquema terapêutico quando necessário e, preferentemente, de acordo com o resultado da urocultura, quando o resultado deste exame é exigido.
Uma questão ainda aberta à discussão refere-se ao tempo de uso de antimicrobianos para o tratamento da cistite não complicada em paciente imunocompetente. Diversas publicações com o emprego de drogas antimicrobianas ativas em vias urinárias, mormente as sulfonamidas, a trimetoprima, as fluorquinolonas, a fosfomicina, antibióticos beta-lactâmicos, demonstram que o tratamento de curta duração é tão eficaz quanto o de maior duração na mulher imunocompetente.
A questão ainda não definitivamente esclarecida é quão curta duração é a ideal, em termos de eficácia das drogas, adesão pelo paciente, menor risco de efeitos adversos, dose e custo. O tratamento rápido, em dose única, com diferentes antimicrobianos, vem se mostrando seguro e eficaz em mulheres jovens com episódio ocasional de infecção urinária baixa não complicada. Por outro lado, este regime de tratamento não está indicado em homens, crianças, mulheres idosas e em pacientes com diabetes, por mostrar menor eficácia.
Tratamento empírico
Feito o diagnóstico clínico, a terapia da cistite não complicada pode ser instituída sem a exigência da realização de cultura de urina e de teste de sensibilidade a antimicrobianos; apenas o encontro de leucocitúria e, frequentemente, de hematúria, no exame dos elementos anormais e sedimento da urina (urina tipo I), sustenta a conduta terapêutica (empírica) a ser indicada. A paciente a ser tratada deve estar com uma infecção primária, ocasional, deve ser jovem, e não deve portar fatores agravantes da cistite.
Diversos esquemas terapêuticos podem ser prescritos, todos utilizando a via oral e com eficácia superior a 90%; a seleção de um dos medicamentos a seguir referidos deve ser feita baseada em critérios individuais, tais como tolerância gastrointestinal, presença de hiper-sensibilidade, poder aquisitivo e disponibilidade para múltiplas administrações que, em outros termos, significam adesão ao tratamento.
São eles:
• Esquemas terapêuticos da infecção urinária baixa não complicada na mulher com duração de três dias:
Sulfametoxazol/Trimetoprim: dois comprimidos (400/80 mg) de 12 em 12 horas, durante três dias;
Norfloxacino: um comprimido (400mg) de 12 em 12 horas, durante três dias;
Ciprofloxacino: um comprimido (500mg) de 12 em 12 horas, durante três dias.
Levofloxacino: um comprimido (500mg) em dose única diária, durante três dias10;
Ofloxacino: um comprimido (200 a 400 mg) de 12 em 12 horas, durante três dias;
• Esquemas terapêuticos da infecção urinária baixa não complicada na mulher em dose única:
Ciprofloxacino: um comprimido com 500 mg, em uma única tomada;
Gatifloxacino: um comprimido com 500mg, em uma única tomada;
Ofloxacino: um comprimido com 400mg, em uma única tomada;
Registre-se que os antimicrobianos referidos como de elevada eficácia em esquema terapêutico com duração de três dias também se mostram curativos em regime de dose única, porém, a eficácia é menor, com porcentual entre 80% e 90%, e as recorrências mais freqüentes. Todavia, é importante ressaltar que este regime não deve ser utilizado em pacientes idosos, diabéticos, imunossuprimidos e em pacientes com infecções complicadas, devido ao maior risco de complicações caso a infecção não seja debelada. Por outro lado, é sugerido na literatura que os resultados obtidos com o emprego de dose única na terapia da infecção urinária não complicada são inferiores aos obtidos com esquemas de três dias.
* As doses acima apresentadas referem-se a adultos.
Referência:
Lopes HV, Tavares W. Infecções do Trato Urinário não Complicadas: Tratamento. Projeto Diretrizes, 24 de junho de 2004.
leandroferreira- Mensagens : 6
Data de inscrição : 19/11/2012
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